sábado, 14 de setembro de 2013

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM-MUITOS CONHECIMENTOS COM UMA PROFESSORA QUE FAZ A DIFERENÇA ."MARCIA AMBRÓSIO".







1º FÓRUM DE APRENDIZAGEM:
"Linhas tortas"





1º clip: Linhas Tortas
















LETRA: LINHAS TORTAS
Gabriel o Pensador / André Gomes.
Alguns às vezes me tiram o sono, mas não me tiram o sonho

Por isso eu amo e declamo por isso eu canto e componho
Não sou o dono do mundo, mas sou um filho do dono
Do verdadeiro Patrão, do verdadeiro Patrono.

- E aí, Gabriel, desistiu do cachê?

- Cancelei um trabalho aí pra não me aborrecer.
- Explica isso melhor, o que foi que você fez?
- Tá tudo bem, eu explico pra vocês:
Tudo começou na aula de português
Eu tinha uns cinco anos, ou talvez uns seis.

Comecei a escrever, aprendi a ortografia

Depois as redações, para a nossa alegria
Professora dava tema-livre, eu demorava
Pra escolher um tema, mas depois eu viajava

E nessas viagens, os personagens surgiam

Pensavam, sentiam, choravam, sorriam
Aí a minha tia-avó, veja só você
Me deu de aniversário uma máquina de escrever

Eu me senti um baita jornalista, tchê

Que nem a minha mãe, que trabalhava na TV
Depois, já aos quinze, mas com muita timidez
Fiquei muito sem graça com o que a professora fez
Ela pegou meu texto e leu pra turma inteira ouvir



Até fiquei feliz mas com vontade de fugir
Então eu descobri que já nasci com esse problema
Eu gosto de escrever, eu gosto de escrever, crer ver
Ver, crer, eu gosto de escrever e escrevo até até poema

Meu Pai, eu confesso, eu faço prosa e verso

Na feira eu vendo livro, no show eu vendo ingresso
Na loja eu vendo disco, já vendi mais de um milhão
Se isso for um crime, quero ir logo pra prisão

- Ih, pensador, isso é grave, hein!

É, vovó dizia que eu já escrevia bem
Tentei me controlar, me ocupar com um esporte
Surf, futebol, mas não era o meu forte

Um dia eu fiz uns raps e achei que tava bom

Me batizei de Pensador e quis fazer um som
Ficar famoso e rico nunca foi minha meta
Minha mãe já era isso, eu só queria ser poeta

Meu pai, um homem sério, um gaúcho de POA

Formado em medicina, não podia acreditar
Ao ver o seu garoto Gabriel com um fone nos ouvidos viajando com a caneta no papel
- O que você tá fazendo? Vai dormir, moleque!
- Ah, pai, peraí, eu só tô fazendo um rap!
Ninguém sabia bem o que era, mas eu tava viciado naquilo
E viciei uma galera!

Meu Pai, eu confesso, eu faço prosa e verso

Na feira eu vendo livro, no show eu vendo ingresso
Na loja eu vendo disco, já vendi mais de um milhão
Se isso for um crime, quero ir logo pra prisão

Não tô vendendo crack, não tô vendendo pó

Não tô vendendo fumo, não tô vendendo cola
Mas muitos me disseram que o que eu faço é viciante
E vicia os estudantes quando eu entro nas escolas

Até os professores às vezes se contaminam

Copiam minhas letras e textos e disseminam
Sementes do que eu faço, já não sei se é bom ou mau
Mas sei que muito aluno começa a fazer igual

Escrevendo poemas, escrevendo redações

Dazendo até uns raps e umas apresentações
Me lembro dos meus filhos e a saudade é cruel
Solidão me acompanha de hotel em hotel

Casamento acabou, eu perdi na estrada

O amor que ainda tenho é o amor da palavra
É falar e cantar, despertar consciências
Dediquei a vida a isso e maior recompensa

É servir de referência pra quem pensa parecido

Pra quem tenta se expressar e nunca é ouvido
É olhar pra minha frente e enxergar um mar de gente
E mergulhar no fundo dos seus corações e mentes

É esse o meu mergulho, não é o do Tio Patinhas

É esse o meu orgulho, escrever as minhas linhas
Eu escrevo em linhas tortas, inspirado por alguém
Que me deu uma missão que eu tento cumprir bem

Escuto os corações, como um cardiologista

Traduzo o que eles dizem como faz qualquer artista
Que ganha o seu cachê, que é fruto do trabalho
De cigarra e de formiga, e eu não sei o quanto eu valho

Mas eu sei que quando eu ganho, divido e multiplico

E quanto mais eu vou dividindo, mais fico rico
Rico da riqueza verdadeira que é de graça
Como um só sorriso que ilumina toda a praça
Sorriso emocionado de um senhor experiente
Em pé há duas horas debaixo do sol quente
Ouvindo os meus poemas em total sintonia
Eu sou ele amanhã, e hoje é só poesia.

Jorge Miguel Marinho, escritor, roteirista e professor universitário de Literatura Brasileira, defende que, no fundo, todos querem escrever porque a escrita resulta de uma motivação natural de fazer com que a experiência individual de cada um se torne um meio de comunicação com o mundo. Só é preciso um incentivo, um empurrãozinho, que precisa vir, sobretudo, de pais e educadores. "Acredito que crianças, jovens e mesmo adultos que vivem com pessoas que valorizam e são entusiasmadas com o mundo dos livros e da escrita têm mais oportunidade de viver a sensibilidade das palavras enquanto leitores, escritores e até criadores e isto, mais do que um hábito, torna-se um componente absolutamente necessário e imprescindível para a vida", argumenta Marinho, que acaba de lançar o livro A convite das palavras: motivações para ler, escrever e criar.

A prática da escrita não deve ficar restrita a estudantes, nem tampouco aos que dominam a forma culta, como os escritores. "Escrever vai muito além das regras impostas por qualquer sistema teórico ou didático: é um modo privilegiado de se descobrir e desvelar humanamente a experiência imperdível de viver", complementa Jorge Marinho, com sabedoria."
Veja entrevista completa no link:
Questões mediadoras para participação no fórum "Linhas tortas":
A aquisição das habilidades de leitura e escrita depende muito menos dos métodos utilizados do que da relação que a criança tem desde pequena com a cultura escrita?
Os recursos tecnológicos da informática estão proporcionando novos aprendizados para quem inicia escolarização, mas as práticas sociais, cada vez mais individualistas, não ajudam a formar uma comunidade leitora e que gosta de escrever. Comente:
De quem é a culpa quando uma criança não gosta de ler e escrever?
Como deve agir o professor para estimular o gosto pela leitura e escrita?
Muito interessante este assunto o qual estamos discutindo, sem dúvida que aquela criança que tem contato com a leitura e escrita desde cedo ela terá mais facilidade e habilidades tanto em escrever bem como em ler, isso é, de se tornar um bom leitor, com hábitos que talvez muitos de nós não tivemos muito cedo, não por culpa de nossos pais, eles não tinham noção da importância da leitura na nossa vida naquela época, e o método que nós aprendemos talvez não nos incentivasse tanto como agora, hoje, as crianças desde bebê já manuseiam livros de diversos materiais (plásticos, panos etc.) e já com 02 aninhos já entendem que o que lemos está ali escrito nos livros.
Quanto aos recursos tecnológicos, ao mesmo tempo em que beneficiam as crianças na escrita e leitura muitas vezes acabam atrapalhando, principalmente com questão da forma de escrever, muitas vezes errada, abreviadas, com gírias etc. sem falar que eles já encontram prontos muitos trabalhos escolares na internet, apenas imprimem e quase não escrevem, a falta da prática da escrita está se tornando um grande problema, se os alunos não tiver esta consciência da importância de escrever e ler mais, com certeza não terão bons resultados nos vestibulares, e é o que estamos presenciando sempre.
Não existem totalmente culpados de uma criança não gostar de ler ou escrever, lógico que os pais devem sempre está incentivando seus filhos a ler e está praticando a escrita em casa, oferecendo livros interessantes e dando exemplos em casa lendo também com seus filhos. Existe aquela criança que gosta mais de ler do que a outra, cada uma tem sua habilidade, exemplo, algumas preferem fazer cálculos (matemática) e leem somente quando necessário, enquanto outras ficam até tarde lendo revistinhas em quadrinhos etc.
O professor deve sempre está oferecendo materiais interessantes para leitura em sala de aula, deve trabalhar de forma lúdica para fazer com que mesmo quem não goste de ler aprenda a gostar; eu mesma me surpreendi com algumas crianças no meu estágio, nos primeiros dias algumas crianças falava diretamente, odeio ler tia... E no final da minha intervenção já estava contando que tinha até levado livrinhos da biblioteca para casa e tudo, eu senti muito feliz, acredito que a forma que eu introduzir a leitura para elas fez com que elas despertassem mais interesse.

No que diz respeito à leitura e a escrita na educação infantil as crianças desde cedo percebem e apropriam de situações reais de uso das funções sociais da língua escrita e leitura, onde tudo através de ouvir, interpretar e dramatizar história, manusear diversos tipos de livros, enfim; conhecer e reconhecer diversos gêneros textuais, onde elas começam a perceber e reconhecer a linguagem escrita e oral como instrumento de informação e meio para comunicar desejos, informações, emoções etc.

Minha Aluna dramatizando história da sereia iara.
Sempre realizamos projetos envolvendo: Leitura da história, dramatização, reconto das crianças com registros de escriba (eu) escrita das próprias crianças onde ilustram a historia etc.Envolvemos também com arte onde são confeccionados murais , brinquedos com materiais recicláveis etc.

O tempo todo  há envolvimento s com a leitura e escrita com os pequenos.
Construção dos meus alunos de 03 alunos (CEMEI FANNY NOGUEIRA) ilustração da história. As três borboletas”

Qual é a mensagem que Gabriel "o Pensador" transmite com a letra/clip da música "Linhas tortas"?
A música do Gabriel Pensador nos mostra que quando a pessoa gosta de escrever e ler ela acaba envolvendo totalmente, ela vai viajando, e soltando cada vez mais sua imaginação.
Gostei muito da música do Gabriel pensador, a parte que me chamou atenção  foi essa que diz assim:
Até os professores às vezes se contaminam;copiam minhas letras e textos e disseminam sementes do que eu faço, já não sei se é bom ou mau.Mas sei que muito aluno começa a fazer igual ,Escrevendo poemas, escrevendo redações, fazendo até uns raps e umas apresentações”.
Muito interessante porque os jovens principalmente adoram as letras do Gabriel, e os professores gostam mesmo de trabalhar com suas músicas nas escolas, nós mesmo, já trabalhamos em outra disciplina com letras dele lembra?
Acho que é por ele falar de forma clara, de forma real sobre a vida; Também concordo se o aluno não gosta e não tem hábitos de ficar lendo livros e mais livros, e se o dom é a musica já está em bom tamanho, pois de qualquer forma está praticando a escrita e leitura.
Obs.. Minha filha de 10 anos (5º ano) não é de ler muito, às vezes fico brava com ela, só que adora música, inclusive está no conservatório. Passa o tempo com sua pastinha de música e tocando flauta doce, eu fico babando... rsrs. Lógico que eu explico para ela a importância de ler mais, pois se não pratica não consegue pegar o gosto, eu mesma comecei a ler mais depois que recomecei os estudos, e assim virou um hábito, até mesmo nas férias